Este poderia ser um post "Em modo...", mas decidi dar título às minhas lamentações. Não quero que este blog seja cinzento, nem depressivo, pelo contrário. Mas quem está sempre satisfeito? Quem o disser acho que está a enganar um bocadinho.
Aqui, ao menos, posso desabafar. Os dias correm a uma velocidade estonteante, pontuados por pequenos momentos, pequenas fugas à rotina. O voltar ao trabalho revelou-se ainda mais penoso do que estavamos à espera. As saudades do L., a insatisfação, o adiar de projectos, o perceber que o que dantes era muito importante, agora passa para segundo plano.
As noites não têm ajudado. O L. ao fim de seis meses decidiu que já chegava de dar noites descansadas. A angústia de não o conseguir ajudar a descansar melhor e o nosso pouco descanso tornam os dias mais compridos, mais cansativos, mais ansiosos. Há alturas em que percebo que o caminho é mudar. A mudança custa. Custa o conforto de um chão estável, custa o conforto de saber como vai ser o dia de amanhã. Mas não trará ela outros desafios maiores? Tomar conta da nossa própria vida?
Os dias têm sido assim. Cheios. De incertezas. De horas corrediças que impedem de aproveitar melhor estes dias. As sagas de outras vidas paralelas à nossa que não nos deixam fazer o nosso caminho, com os percalços próprios, mas sim com o coração ainda mais apertado.