A discussão começou sobre quem tem mais obrigação de ajudar, amparar, cuidar um adulto feito: a mãe ou filho(a)s? Discussão díficil, complicada, situações adversas com gestão sensível. Muitas questões se levantaram, mas a principal e que ficou na minha cabeça foi: há um prazo de validade no amor de uma mãe? Quando é que o desvinculo se dá? Aos 18? Aos 30? Aos 50? Quando casam? Ou quando saem de casa? Quando são pais?
Desde que somos mães aprendemos o que é o amor incondicional, o amor que vem antes de tudo e de todas, aquele amor que nos faz virar leoas e agarrar forças, quando pensamos que elas já esgotaram, para defender os nossos filhos. Olhamos para eles e o que conseguimos ver é o materializar de sentimentos bons. Que estaremos sempre juntos. Queremos agarrá-los e senti-los só nossos, para sempre. Que fiquem sempre no nosso colo e que este colo será deles, sempre. Ou não será bem assim? Ou será que, aquelas mães que consideramos que se desprenderam dos filhos não tiveram o tal amor incondicional desde o ínicio? Ou será ainda que a desvinculação se deveu ao coração magoado de uma mãe, que desilusão após desilusão, resolve, que para não sofrer mais, o melhor será uma ruptura?
Sabemos que há filhos complicados, não digo que não. Será nossa obrigação, ainda assim, acompanhá-los para sempre? Muitas foram as questões que me assolaram nesta conversa, principalmente agora, que passei de ser apenas filha para ser mãe também. O futuro assusta, até lá irei guardá-lo bem juntinho a mim, no meu colo, no meus braços, se possível, até sempre.